Esferas de Concreto como Baterias no Fundo do Oceano Projeto StEnsea

Biodiversidade e Preservação

As esferas de concreto como baterias surgem como uma solução inovadora em um mundo que clama por fontes de energia limpa e sistemas de armazenamento eficientes. Com a crescente demanda por eletricidade renovável, como a solar e a eólica, o desafio de armazenar energia de forma sustentável e acessível tornou-se urgente. Nesse cenário, o projeto StEnSea, liderado pelo Instituto Fraunhofer, propõe uma abordagem revolucionária: usar esferas de concreto submersas no oceano para armazenar energia de maneira ecológica e duradoura.

Testes promissores já estão em andamento na costa da Califórnia e em locais como o Lago de Constança, na Europa, demonstrando o potencial global dessa tecnologia. Além de seu baixo impacto ambiental, as esferas oferecem alta eficiência e uma vida útil de décadas, prometendo transformar o futuro energético. Continue lendo para descobrir como essa inovação pode redefinir a forma como armazenamos energia e impulsionar a transição para um planeta mais verde.

Leia também: Emissões de CO2 e SeaCURE: a tecnologia que captura carbono da água do mar

O Que São as Esferas de Concreto?

As esferas de concreto como baterias representam uma solução inovadora para o armazenamento de energia renovável, combinando simplicidade estrutural com alta eficiência. Desenvolvidas como parte do projeto StEnSea, essas estruturas submersas no oceano aproveitam a pressão da água para gerar e armazenar eletricidade, oferecendo uma alternativa sustentável às baterias tradicionais. Esta seção explora o conceito, o funcionamento técnico e as vantagens dessas esferas de concreto como baterias, destacando seu potencial para transformar o setor energético.

Como Funcionam as Esferas de Concreto?

Estrutura e Componentes

As esferas de concreto como baterias são estruturas ocas feitas de concreto reforçado, projetadas para resistir às condições extremas do fundo do mar. Cada esfera possui uma turbina interna e uma válvula que controla o fluxo de água. O concreto, material durável e de baixo custo, garante uma vida útil de até 60 anos, com manutenção mínima a cada 20 anos. O design é otimizado para profundidades entre 500 e 700 metros, onde a pressão da água maximiza a eficiência do sistema.

Princípio de Bombeamento Hidroelétrico

O funcionamento das baterias subaquáticas baseia-se no conceito de bombeamento hidroelétrico reversível. Durante períodos de excesso de energia (por exemplo, quando painéis solares ou turbinas eólicas produzem mais do que o necessário), a eletricidade é usada para bombear água para fora da esfera, criando um vácuo interno. Quando a demanda por energia aumenta, a válvula é aberta, permitindo que a água entre rapidamente, movendo a turbina e gerando eletricidade. Esse processo atinge uma eficiência de 75-80%, comparável a outras tecnologias de armazenamento.

Vantagens em Comparação com Outras Tecnologias

Comparação com Baterias de Lítio

Diferentemente das baterias de lítio, que dependem de materiais raros e têm impactos ambientais significativos na mineração e descarte, as esferas de concreto como baterias utilizam materiais abundantes e recicláveis. Além disso, o custo estimado de armazenamento é de apenas 0,046 euro por kWh, tornando-as mais competitivas em larga escala. Essa característica alinha-se à busca por energia limpa no oceano, reduzindo a pegada de carbono do setor energético.

Energia Gravitacional e Outras Alternativas

Sistemas de energia gravitacional, como torres de pesos elevados, exigem grandes áreas terrestres e enfrentam limitações geográficas. Em contraste, as baterias subaquáticas aproveitam o vasto espaço oceânico, com potencial global estimado em 817.000 GWh, especialmente em regiões costeiras da Europa e da América do Norte. A energia oceânica gerada por essas esferas também complementa fontes intermitentes, como a eólica offshore, garantindo fornecimento contínuo.

Benefícios Práticos e Escalabilidade

Durabilidade e Baixo Impacto Ambiental

O uso de concreto reforçado confere às esferas uma resistência excepcional à corrosão e à pressão submarina, garantindo décadas de operação com eficiência energética submarina. Além disso, a instalação dessas estruturas tem impacto ambiental mínimo, sem emissões de gases ou poluição significativa, alinhando-se às metas de descarbonização global.

Potencial de Escala

O projeto StEnSea prevê a criação de “parques submarinos” compostos por milhares de esferas, capazes de armazenar energia suficiente para atender picos de demanda em grandes cidades. Testes na Califórnia, com esferas de 9 metros de diâmetro, já demonstram viabilidade, e planos para esferas de 30 metros prometem multiplicar a capacidade por 27 vezes. Essa escalabilidade posiciona as esferas como uma solução promissora para o armazenamento de energia renovável em escala global.

Desafios Técnicos Iniciais

Embora promissoras, as esferas de concreto como baterias enfrentam desafios, como a complexidade de fabricação em larga escala e a logística de instalação em águas profundas. No entanto, avanços em engenharia submarina, impulsionados por parcerias como a do Instituto Fraunhofer, estão superando essas barreiras, pavimentando o caminho para a comercialização até 2030.

O Projeto StEnSea: Origem e Evolução

O projeto StEnSea (Stored Energy in the Sea) é uma iniciativa pioneira que posiciona as esferas de concreto como baterias no centro da revolução energética renovável. Liderado pelo Instituto Fraunhofer de Economia de Energia e Sistemas Energéticos, na Alemanha, o projeto combina engenharia inovadora e sustentabilidade para criar uma solução de armazenamento de energia renovável com impacto global. Desde seus primeiros testes até a expansão para locais como a Califórnia, o StEnSea tem atraído atenção por sua capacidade de transformar o fundo do mar em um reservatório de energia oceânica. Esta seção detalha a origem, os marcos e a evolução desse projeto visionário.

As Raízes do Projeto StEnSea

Concepção no Instituto Fraunhofer

O StEnSea nasceu em 2011, quando pesquisadores do Instituto Fraunhofer identificaram a necessidade de soluções de armazenamento que complementassem fontes renováveis intermitentes, como solar e eólica. Inspirados pelo conceito de bombeamento hidroelétrico, os engenheiros propuseram usar baterias subaquáticas feitas de concreto para aproveitar a pressão do oceano. A ideia inicial era simples, mas revolucionária: criar esferas ocas que funcionassem como reservatórios de energia em profundidades oceânicas.

Financiamento e Parcerias Iniciais

O projeto ganhou impulso com o apoio do governo alemão e de instituições acadêmicas europeias. A colaboração com especialistas em engenharia submarina e energia renovável permitiu o desenvolvimento de protótipos iniciais, focados em durabilidade e eficiência energética submarina. Essas parcerias estabeleceram as bases para testes práticos, consolidando o StEnSea como um marco na pesquisa de energia limpa no oceano.

Primeiros Testes: Lago de Constança

Protótipo de 2016

Em 2016, o StEnSea alcançou um marco significativo com o teste de uma esfera de concreto de 3 metros de diâmetro no Lago de Constança, na fronteira entre Alemanha, Áustria e Suíça. Submersa a 100 metros de profundidade, a esfera demonstrou a viabilidade do conceito de esferas de concreto como baterias, gerando eletricidade com eficiência de cerca de 75%. O teste confirmou a resistência do material e a funcionalidade da turbina interna, validando o projeto para aplicações em maior escala.

Lições Aprendidas

Os dados coletados no Lago de Constança forneceram insights cruciais sobre a fabricação, instalação e manutenção das esferas. Apesar do sucesso, os pesquisadores identificaram a necessidade de esferas maiores e testes em águas mais profundas para maximizar a capacidade de armazenamento. Esses resultados impulsionaram a próxima fase do projeto, voltada para ambientes oceânicos reais.

Expansão para a Califórnia

Parcerias com os Estados Unidos

Em 2019, o StEnSea firmou uma colaboração com o Departamento de Energia dos Estados Unidos, visando testar esferas de maior escala na costa da Califórnia. A escolha da Califórnia reflete suas políticas agressivas de energia renovável e condições oceânicas ideais, com profundidades de 500 a 700 metros. Essa parceria marcou a transição do projeto de experimentos locais para aplicações com potencial comercial, atraindo interesse global em testes de energia na Califórnia.

Esferas de 9 Metros

Os testes na Califórnia utilizam esferas de 9 metros de diâmetro, pesando cerca de 400 toneladas e com capacidade de armazenar 0,4 MWh. Esses protótipos são um salto em relação ao modelo do Lago de Constança, projetados para operar em condições mais desafiadoras. Os resultados iniciais indicam que as esferas podem suportar pressões extremas e manter alta eficiência, consolidando sua viabilidade para energia oceânica em larga escala.

Visão de Futuro: Parques Submarinos

Escala Comercial

O objetivo final do StEnSea é criar “parques submarinos” compostos por milhares de esferas de concreto como baterias, capazes de armazenar energia suficiente para abastecer cidades inteiras. Planos para esferas de 30 metros de diâmetro, com capacidade 27 vezes maior que os modelos atuais, estão em desenvolvimento. Esses parques poderiam ser instalados em regiões costeiras da Europa, Ásia e Américas, aproveitando o vasto potencial de armazenamento de energia renovável nos oceanos.

Cronograma e Metas

O Instituto Fraunhofer prevê a comercialização da tecnologia até 2030, com foco na redução de custos de fabricação e instalação. A integração com redes elétricas e a regulamentação para operações submarinas são prioridades para garantir a adoção em escala global. O sucesso dos testes de energia na Califórnia será crucial para atrair investimentos e acelerar esse cronograma.

Impacto Global do StEnSea

O projeto StEnSea não é apenas uma inovação técnica, mas um passo estratégico rumo à descarbonização. Ao oferecer uma solução de eficiência energética submarina que complementa fontes renováveis, o projeto tem o potencial de reduzir a dependência de combustíveis fósseis e estabilizar redes elétricas em todo o mundo. Sua abordagem sustentável e escalável posiciona as baterias subaquáticas como uma peça-chave no futuro da energia limpa.

Testes na Califórnia: Um Marco na Energia Renovável

Os testes na costa da Califórnia representam um marco crucial para o projeto StEnSea, consolidando as esferas de concreto como baterias como uma solução viável para o armazenamento de energia renovável. A escolha da Califórnia, com suas políticas ambiciosas de energia limpa e condições oceânicas favoráveis, destaca o potencial global dessa tecnologia inovadora. As baterias subaquáticas testadas no Pacífico estão demonstrando como o fundo do mar pode se tornar um aliado estratégico na transição para um futuro energético sustentável. Esta seção explora os detalhes dos testes, seus impactos e os desafios enfrentados.

Por Que a Califórnia?

A costa da Califórnia foi selecionada para os testes do StEnSea devido às suas profundidades oceânicas de 500 a 700 metros, ideais para maximizar a eficiência energética submarina das esferas. Essas profundidades permitem que a pressão da água otimize o funcionamento das turbinas internas, aumentando a capacidade de armazenamento. Além disso, a proximidade com centros de pesquisa e infraestrutura portuária facilita a logística de instalação e monitoramento.

Contexto de Energia Renovável

A Califórnia é líder em políticas de energia limpa no oceano, com metas agressivas para alcançar 100% de eletricidade renovável até 2045. A intermitência de fontes como solar e eólica exige soluções de armazenamento robustas, e as esferas de concreto como baterias oferecem uma resposta promissora. O apoio do Departamento de Energia dos EUA reforça a relevância dos testes de energia na Califórnia, alinhando o projeto com as prioridades nacionais de descarbonização.

Especificações das Esferas Testadas

Esferas de 9 Metros

Os testes na Califórnia utilizam esferas de concreto de 9 metros de diâmetro, pesando aproximadamente 400 toneladas. Cada esfera tem uma capacidade de armazenamento de 0,4 MWh, suficiente para atender picos de demanda em pequenas comunidades. Construídas com concreto reforçado, essas baterias subaquáticas são projetadas para resistir à corrosão e à pressão do oceano, garantindo uma vida útil de até 60 anos com manutenção mínima.

Tecnologia e Funcionamento

Cada esfera opera com uma turbina interna e uma válvula que regula o fluxo de água. Durante períodos de alta produção renovável, a energia excedente bombeia água para fora da esfera, criando um vácuo. Quando necessário, a água é liberada de volta, gerando eletricidade com eficiência de 75-80%. Esse processo destaca o potencial das esferas para integrar energia oceânica às redes elétricas, estabilizando o fornecimento.

Planos para Escala Maior

Esferas de 30 Metros

O StEnSea planeja testar esferas de 30 metros de diâmetro, que prometem aumentar a capacidade de armazenamento por um fator de 27 em relação aos modelos de 9 metros. Essas megaesferas poderiam armazenar até 10,8 MWh cada, tornando-as ideais para suprir grandes centros urbanos. O Instituto Fraunhofer está desenvolvendo métodos para fabricar e instalar essas estruturas em larga escala, visando a criação de “parques submarinos” de esferas de concreto como baterias.

Impacto Esperado

A implementação de esferas maiores na Califórnia poderia reduzir significativamente a dependência de combustíveis fósseis, especialmente durante picos de consumo. Ao armazenar energia excedente de fontes renováveis, as esferas ajudam a equilibrar a rede elétrica, promovendo uma transição mais rápida para a energia limpa no oceano. Esse avanço também posiciona a Califórnia como um modelo para outras regiões costeiras globais.

Desafios dos Testes

Logística e Instalação

A instalação de esferas de 400 toneladas em profundidades de 500 a 700 metros apresenta desafios logísticos significativos. O transporte, posicionamento e ancoragem exigem equipamentos especializados e planejamento meticuloso. Apesar disso, avanços em engenharia submarina estão reduzindo esses obstáculos, com testes iniciais mostrando resultados promissores.

Manutenção e Viabilidade Comercial

A manutenção em ambientes oceânicos é outro desafio, embora as esferas sejam projetadas para operar por 20 anos sem intervenções. A viabilidade comercial depende da redução dos custos iniciais, estimados como competitivos (0,046 euro por kWh). O sucesso dos testes de energia na Califórnia será crucial para atrair investimentos e provar a escalabilidade da tecnologia.

Impacto Regional e Global

Os testes na Califórnia não apenas validam a funcionalidade das baterias subaquáticas, mas também inspiram sua adoção em outras regiões, como a Europa e a Ásia. A capacidade de armazenar grandes quantidades de energia oceânica pode transformar áreas costeiras em centros de energia renovável, reduzindo emissões e promovendo sustentabilidade. O projeto StEnSea, com sua abordagem inovadora, está pavimentando o caminho para um futuro onde o oceano desempenha um papel central na matriz energética global.

Benefícios e Impactos Ambientais

As esferas de concreto como baterias oferecem uma abordagem revolucionária para o armazenamento de energia renovável, combinando eficiência, durabilidade e sustentabilidade. Desenvolvidas pelo projeto StEnSea, essas estruturas submersas no oceano não apenas atendem à crescente demanda por energia limpa, mas também minimizam o impacto ambiental, posicionando-se como uma solução ideal para a transição energética global. Esta seção explora os principais benefícios das baterias subaquáticas e seus impactos positivos no meio ambiente, destacando seu potencial para transformar o futuro da energia oceânica.

Benefícios Práticos das Esferas

Alta Durabilidade

Construídas com concreto reforçado, as esferas de concreto como baterias são projetadas para resistir às condições extremas do fundo do mar, como pressão e corrosão. Com uma vida útil estimada de 50 a 60 anos e manutenção necessária apenas a cada 20 anos, essas estruturas oferecem uma solução de longo prazo para o armazenamento de energia renovável. Essa durabilidade reduz custos operacionais e garante operação contínua por décadas.

Eficiência Energética

As esferas operam com uma eficiência de 75-80%, comparável a outras tecnologias de armazenamento, como baterias de lítio ou sistemas de bombeamento terrestre. O uso da pressão oceânica para gerar eletricidade maximiza a eficiência energética submarina, tornando as esferas uma opção competitiva. Além disso, o custo estimado de 0,046 euro por kWh as posiciona como uma alternativa econômica para redes elétricas renováveis.

Impactos Ambientais Positivos

Baixo Impacto Ecológico

Ao contrário de tecnologias que dependem de materiais raros ou processos poluentes, as baterias subaquáticas utilizam concreto, um material abundante e reciclável. A instalação das esferas no fundo do mar tem impacto mínimo na fauna e flora marinhas, sem emissões de gases de efeito estufa ou poluição significativa. Essa característica alinha a tecnologia às metas globais de energia limpa no oceano e descarbonização.

Complemento a Fontes Renováveis

As esferas de concreto são ideais para armazenar energia excedente de fontes intermitentes, como solar e eólica offshore. Ao estabilizar o fornecimento energético, elas reduzem a necessidade de usinas a carvão ou gás durante picos de demanda, contribuindo para a redução das emissões globais. Esse papel de suporte reforça o potencial das esferas na promoção de uma matriz energética mais sustentável.

Escalabilidade Global

Potencial de Armazenamento

Estudos do Instituto Fraunhofer estimam um potencial global de 817.000 GWh para o armazenamento em esferas subaquáticas, com destaque para regiões costeiras da Europa, América do Norte e Ásia. Essa capacidade massiva posiciona a tecnologia como uma solução escalável para atender às necessidades energéticas de grandes populações, especialmente em áreas com alta densidade de fontes renováveis.

Aplicações Regionais

Na Europa, países como Noruega e Portugal, com extensas zonas costeiras, poderiam adotar parques submarinos de esferas para complementar suas infraestruturas de energia oceânica. Na Califórnia, os testes de energia na Califórnia já demonstram como a tecnologia pode integrar redes locais, enquanto na Ásia, nações como o Japão poderiam explorar o conceito para reforçar sua resiliência energética. Essa versatilidade global amplia o impacto das esferas.

Comparação com Outras Tecnologias Renováveis

Energia das Marés e Eólica Offshore

Diferentemente da energia das marés, que depende de condições geográficas específicas, as esferas de concreto como baterias podem ser instaladas em uma ampla gama de profundidades oceânicas. Comparadas à eólica offshore, as esferas oferecem armazenamento, resolvendo o problema da intermitência. Essa complementaridade torna a tecnologia uma peça-chave em ecossistemas de energia limpa no oceano.

Vantagens sobre Baterias Tradicionais

Enquanto baterias de lítio enfrentam desafios relacionados à mineração e descarte, as esferas utilizam materiais de baixo impacto e não geram resíduos tóxicos. Além disso, sua longa vida útil e baixo custo de manutenção as tornam mais sustentáveis a longo prazo, reforçando seu papel na eficiência energética submarina.

Contribuição para a Transição Energética

As baterias subaquáticas do projeto StEnSea representam um avanço significativo na luta contra as mudanças climáticas. Ao oferecer uma solução de armazenamento que é ao mesmo tempo ecológica e economicamente viável, elas ajudam a acelerar a adoção de fontes renováveis em escala global. Seu impacto vai além da tecnologia, inspirando inovações em energia oceânica e reforçando o compromisso com um futuro mais verde.

Desafios e Perspectivas Futuras

As esferas de concreto como baterias representam uma inovação promissora para o armazenamento de energia renovável, mas sua implementação em larga escala enfrenta desafios técnicos, econômicos e regulatórios. O projeto StEnSea, com testes avançados na Califórnia e na Europa, está superando essas barreiras, pavimentando o caminho para a comercialização da tecnologia. Esta seção explora os principais obstáculos enfrentados pelas baterias subaquáticas e as perspectivas futuras, destacando como elas podem moldar o futuro da energia oceânica até 2030 e além.

Desafios Técnicos

Fabricação em Larga Escala

Produzir esferas de concreto como baterias com diâmetros de até 30 metros exige avanços em engenharia e materiais. O concreto reforçado deve atender a padrões rigorosos para suportar pressões oceânicas extremas, enquanto a integração de turbinas e válvulas requer precisão. O Instituto Fraunhofer está desenvolvendo processos de fabricação modular para reduzir custos e acelerar a produção, mas a escalabilidade ainda é um desafio.

Transporte e Instalação

O transporte de esferas de 400 toneladas (ou mais, para modelos maiores) e sua instalação em profundidades de 500 a 700 metros demandam equipamentos especializados, como navios de carga pesada e sistemas de ancoragem submarina. Os testes de energia na Califórnia têm mostrado progressos, mas a logística em larga escala permanece complexa, especialmente em regiões com condições oceânicas adversas.

Manutenção Submarina

Embora projetadas para operar por 20 anos sem intervenção, a manutenção das baterias subaquáticas em águas profundas exige tecnologias avançadas, como robôs submersíveis. Garantir a eficiência energética submarina a longo prazo depende de soluções que minimizem custos e impactos ambientais durante reparos ou substituições.

Desafios Econômicos

Custos Iniciais

Apesar do custo competitivo de armazenamento (0,046 euro por kWh), os investimentos iniciais para fabricação, transporte e instalação de parques submarinos são significativos. Atrair financiamento privado e público será essencial para viabilizar a tecnologia. Os resultados promissores dos testes de energia na Califórnia estão atraindo interesse de investidores, mas a redução de custos continua sendo uma prioridade.

Competitividade no Mercado

As esferas de concreto como baterias competem com outras tecnologias de armazenamento, como baterias de lítio e sistemas de energia gravitacional. Embora ofereçam vantagens em sustentabilidade e durabilidade, sua adoção dependerá de demonstrações de viabilidade comercial em larga escala. Parcerias com governos e empresas de energia, como as estabelecidas na Califórnia, são cruciais para ganhar espaço no mercado.

Questões Regulatórias

Integração com Redes Elétricas

Integrar a energia oceânica gerada pelas esferas às redes elétricas nacionais exige infraestrutura compatível e regulamentações específicas. Padrões para transmissão de energia submarina e sincronização com fontes renováveis precisam ser estabelecidos, especialmente em regiões com sistemas elétricos complexos.

Regulamentação Ambiental

A instalação de parques submarinos requer aprovações ambientais para garantir que os ecossistemas marinhos não sejam prejudicados. Embora as esferas tenham baixo impacto ecológico, estudos detalhados sobre sua interação com a fauna e flora oceânicas são necessários para atender a regulamentações internacionais, como as da União Europeia e dos Estados Unidos.

Perspectivas Futuras

Comercialização até 2030

O projeto StEnSea planeja alcançar a comercialização das baterias subaquáticas até 2030, com a criação de parques submarinos em regiões costeiras estratégicas. A expansão das esferas de 30 metros, com capacidade de 10,8 MWh cada, será um marco, permitindo o armazenamento de energia suficiente para atender grandes cidades. O sucesso contínuo dos testes de energia na Califórnia será fundamental para cumprir esse cronograma.

Expansão Global

Além da Califórnia e da Europa, países com extensas zonas costeiras, como Japão, Austrália e Brasil, são candidatos ideais para adotar a tecnologia. O potencial global de 817.000 GWh de armazenamento destaca a escalabilidade das esferas, que podem transformar o oceano em um reservatório de energia limpa no oceano. Parcerias internacionais e incentivos governamentais serão essenciais para essa expansão.

Inovações Complementares

O desenvolvimento das esferas de concreto como baterias está impulsionando inovações em áreas como robótica submarina, materiais sustentáveis e integração de redes inteligentes. Essas avanços podem beneficiar outras tecnologias de energia oceânica, como eólica offshore e energia das marés, criando um ecossistema energético mais robusto e sustentável.

Um Futuro Sustentável

Os desafios enfrentados pelo projeto StEnSea são superáveis com o avanço da tecnologia e o apoio de governos e investidores. As baterias subaquáticas têm o potencial de revolucionar o armazenamento de energia renovável, oferecendo uma solução durável, eficiente e ecológica. À medida que a comercialização se aproxima, as esferas de concreto podem se tornar um pilar da transição energética, transformando os oceanos em aliados na luta contra as mudanças climáticas.

As esferas de concreto como baterias surgem como uma solução visionária para os desafios do armazenamento de energia renovável, oferecendo uma alternativa sustentável, eficiente e durável para o futuro energético. O projeto StEnSea, com testes bem-sucedidos na Califórnia e no Lago de Constança, demonstra o potencial das baterias subaquáticas para transformar o fundo do mar em um reservatório de energia oceânica. Com baixo impacto ambiental, alta escalabilidade e capacidade de complementar fontes renováveis como solar e eólica, essa tecnologia está pronta para desempenhar um papel central na descarbonização global.

À medida que avançamos para a comercialização até 2030, as esferas de concreto prometem não apenas estabilizar redes elétricas, mas também inspirar inovações em energia limpa no oceano. Fique por dentro dessa revolução energética! Compartilhe este artigo, deixe seu comentário sobre o futuro da energia renovável ou explore outros conteúdos em nosso blog para aprender mais sobre tecnologias sustentáveis.

Esperamos que nosso artigo tenha sido inspirador para que você continue ou adote práticas sustentáveis para que assim possamos participar ativamente do cuidado e preservação do nosso lindo Planeta Água!

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4 thoughts on “Esferas de Concreto como Baterias no Fundo do Oceano Projeto StEnsea

    1. Incrível mesmo como o potencial dos oceanos ainda é pouco inexplorado, que bom que a ciência está buscando essas novas formas de energia limpa né? Obrigada pela visita!

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